Este é um movimento de Benfiquistas anónimos e sem outro interesse que os mova que não seja o de quererem de volta o Benfica dos velhos tempos, aquele que os mais velhos recordam com saudade e os mais novos absorvem nos livros de história.
A espontaneidade deste movimento contrasta com a sociedade altamente resignada que temos no nosso país, característica visível com grande expressão na massa adepta do Benfica que tem sido domesticada e adormecida com doutrinas atentatórias da nossa história, da nossa matriz ética e moral.
A gravidade do que se tem passado nos últimos anos no Benfica é tal, que pensamos que os sócios e adeptos só não acordaram ainda para a realidade por não disporem de informação objectiva. Este movimento pretende também recolher e relacionar tudo aquilo que gira à volta do Benfica, para que a intoxicação informativa com o intuito de manipular massas não faça perigar o futuro do nosso clube.
Após dois mandatos em funções, a direcção demissionária opta por recandidatar-se prometendo um mandato desportivo, prometendo títulos para a equipa sénior de futebol que todos nós tanto admiramos, visto que nos restantes dois mandatos esses títulos foram parar maioritariamente ao outro lado do nosso país.
Passados dois anos de uma reeleição convincente (mesmo conhecendo o golpe ditatorial que provocou as eleições, afastando outros possíveis candidatos), sagrámos-nos Campeões Nacionais. Naquela que seria a fase mais importante do mandato, um claro assumir de poder e de capacidade, falhámos a todos os níveis:
- Deixou-se o treinador arrogantemente desvalorizar as competições e passar semanas a falar na Champions;
- A Supertaça foi completamente desvalorizada por tudo e por todos dentro do nosso Clube;
- Quando o campeonato devia ser a maior das prioridades, os focos foram outros;
- Venderam-se jogadores importantíssimos, mas mais grave ainda, não entraram substitutos à altura;
- Como se não bastasse continuamos a importar jogadores muito fracos e a não dar oportunidades na nossa primeira equipa a jogadores jovens formados no clube. O que deve um Nelson Oliveira a um Kardec? O que deve um Miguel Rosa ou um David Simão a um Filipe Menezes? O que deve um Roderick ou um Miguel Vitor a um Jardel?
- Ganhámos tiques de novos ricos gastando balúrdios em Guarda-Redes de qualidade duvidosa (8 milhões) ou até em jogadores que não fazem parte do Plantel (11M em Rodrigo + Alípio)
Todas estas situações e mais algumas que só não saberá quem não quiser ver, levaram a que a época fosse absolutamente desastrosa e repleta de humilhações, ao ponto de por muito que nos doa a todos, termos de assumir que o Benfica deixou de ser o Maior clube Português em títulos. O Melhor já não era há bastantes anos, conseguimos deixar de ser o Maior, algo que é absolutamente impensável por quem sente e vibra com o Benfica desde que se conhece.
Por tudo isto queremos exigir uma mudança, queremos conhecer alternativas e queremos tornar possível que finalmente alguém seja capaz de dar a volta a esta fase muito negativa da vida do nosso grande amor, o Sport Lisboa e Benfica.
Queremos pedir aos responsáveis que assumam os seus erros e que saiam com dignidade, que promovam um clima de verdadeira democracia em que novas ideias e projectos possam ser apresentados aos sócios. Nós, sócios, não podemos ser meros clientes do clube com o único propósito de lá deixarmos com cadência regular o dinheiro das quotas, dos bilhetes, dos cativos ou do merchandising. O Benfica sempre foi e tem de continuar a ser uma família, de gente que não está unida pelo sangue mas está unida por algo ainda mais importante: os seus valores!
Recusamos por completo a destruição desses valores que tem sido feita nos últimos anos. Urge recuperar a nossa identidade!
Não podemos mais aceitar que o clube esteja a dar abrigo e a ser comandado por muitas pessoas cuja filiação emocional com o clube é no mínimo duvidosa. A suposta profissionalização da gestão, em que a cor clubística estranhamente parece ter deixado de interessar na altura de escolher gestores para o clube e para a SAD, trouxe-nos onde estamos. Perdidos na identidade, com dívidas sempre a crescerem, com sucesso desportivo pouco mais que efémero, sem continuidade. É isto que queremos para o Benfica? Não!
Queremos um Benfica em que o primeiro dos critérios de admissão seja o Benfiquismo. Se somos 6 milhões em Portugal, se temos mais de 200.000 sócios, é óbvio que temos massa crítica para encontrar excelentes gestores para as mais variadas funções. Desde a função presidencial, até à gestão financeira, à gestão da marca Benfica e à gestão do futebol. O Benfica é grande demais para precisar de muletas vindas de fora e cujas motivações são muito duvidosas.
O contínuo arruinar dos valores do clube foi recentemente muito mais longe. Foram aprovados recentemente estatutos novos para o Benfica, em assembleia-geral. Como praticamente todas dos últimos 10 anos, o pavilhão onde decorreu a assembleia-geral estava com pouca gente.
No rescaldo das eleições de 2009, blindaram o acesso a funções no Benfica a praticamente todos os sócios. De um requisito de cinco anos para se ser por exemplo presidente da direcção, passou-se para 25 anos. E com mais condições. 25 anos de sócio efectivo (contados a partir dos 18 anos) ininterruptos, ou seja, sem falhar qualquer pagamento de quotas e sem poder ter estado num único momento que fosse como sócio correspondente. O motivo para esta alteração foi prevenir a entrada de aventureiros no clube. Mas que palavreado é esse no contexto da massa associativa benfiquista? Aventureiros? Mas não seremos todos apenas e só sócios? E tanto a direcção como os sócios que aprovaram estas alterações não confiam nos Benfiquistas para eleger quem entenderem? Porque razão existe um filtro tão grande?
A maior democratização da vida do clube terá de ser uma prioridade. Além das exigências para aceder aos órgãos sociais, a participação dos Benfiquistas na vida do clube está muitíssimo diminuída. Poucas ou nenhumas respostas são dadas em Assembleias-Gerais, que na maioria das vezes mais não são do que odes à actual direcção tendo já existido a suprema humilhação de defender ideias propostas em Assembleia-Geral com o principal argumento ser a oposição a algo que o Futebol Clube do Porto tenha proposto ou feito. Mas desde quando precisamos de pensar nesse clube corrupto para pensarmos no Benfica que queremos?
É fundamental agilizar também o acesso dos benfiquistas a estas reuniões, regressando as reuniões à sexta-feira à noite, e altamente promovidas nos órgãos de comunicação social para chamar a presença dos sócios… o clube tem mesmo de ser dos sócios, não pode esta expressão ser um mero slogan de marketing!
Não se pode apregoar que o Benfica é dos sócios, e na madrugada seguinte a uma humilhação histórica em Braga a direcção do Benfica chamar ao estádio da Luz mais de 100 agentes da PSP, da polícia de intervenção, para impedir que os sócios possam chegar à fala com os jogadores. Isto aconteceu a 06 de Maio de 2011! Será que quem está no clube não sabe que o Benfica se fez de exigência? Será que têm medo dos Benfiquistas? Porque não descem dos camarotes e dos croquetes antes dos jogos para virem falar com a sua massa associativa? Porque ordenam à polícia que limite os direitos dos seus sócios?
Contem connosco, Benfiquistas fervorosos, para criar um espaço de discussão no clube, onde possam surgir as alternativas de que o clube precisa, onde se volte a instalar a exigência que sempre caracterizou o nosso clube. Onde volte a existir preocupação com o dia-a-dia do clube, onde os sócios voltem a ser chamados para fazer parte da família e não só para serem clientes. Se é inevitável pensar no futebol como um negócio, não é admissível ainda assim que se mercantilize para lá de todos os limites a relação entre clube e seus adeptos!
Ajudem-nos nesta missão, que não começou hoje nem terminará no dia 09 de Maio. Temos de voltar a preocupar-nos com o clube, a estar presente nos momentos em que o clube precisa de nós, nos momentos em que é preciso debater o futuro, aprovar projectos e ideias. Não podemos assistir impávidos e serenos a um trajecto de derrotas, de endividamento e a um arruinar dos valores do clube.
Se a direcção não sabe o que é o Benfica, então está na hora de dar o lugar a outros! E contem connosco para promover alternativas, debates e soluções.
M.B.B.
A espontaneidade deste movimento contrasta com a sociedade altamente resignada que temos no nosso país, característica visível com grande expressão na massa adepta do Benfica que tem sido domesticada e adormecida com doutrinas atentatórias da nossa história, da nossa matriz ética e moral.
A gravidade do que se tem passado nos últimos anos no Benfica é tal, que pensamos que os sócios e adeptos só não acordaram ainda para a realidade por não disporem de informação objectiva. Este movimento pretende também recolher e relacionar tudo aquilo que gira à volta do Benfica, para que a intoxicação informativa com o intuito de manipular massas não faça perigar o futuro do nosso clube.
Após dois mandatos em funções, a direcção demissionária opta por recandidatar-se prometendo um mandato desportivo, prometendo títulos para a equipa sénior de futebol que todos nós tanto admiramos, visto que nos restantes dois mandatos esses títulos foram parar maioritariamente ao outro lado do nosso país.
Passados dois anos de uma reeleição convincente (mesmo conhecendo o golpe ditatorial que provocou as eleições, afastando outros possíveis candidatos), sagrámos-nos Campeões Nacionais. Naquela que seria a fase mais importante do mandato, um claro assumir de poder e de capacidade, falhámos a todos os níveis:
- Deixou-se o treinador arrogantemente desvalorizar as competições e passar semanas a falar na Champions;
- A Supertaça foi completamente desvalorizada por tudo e por todos dentro do nosso Clube;
- Quando o campeonato devia ser a maior das prioridades, os focos foram outros;
- Venderam-se jogadores importantíssimos, mas mais grave ainda, não entraram substitutos à altura;
- Como se não bastasse continuamos a importar jogadores muito fracos e a não dar oportunidades na nossa primeira equipa a jogadores jovens formados no clube. O que deve um Nelson Oliveira a um Kardec? O que deve um Miguel Rosa ou um David Simão a um Filipe Menezes? O que deve um Roderick ou um Miguel Vitor a um Jardel?
- Ganhámos tiques de novos ricos gastando balúrdios em Guarda-Redes de qualidade duvidosa (8 milhões) ou até em jogadores que não fazem parte do Plantel (11M em Rodrigo + Alípio)
Todas estas situações e mais algumas que só não saberá quem não quiser ver, levaram a que a época fosse absolutamente desastrosa e repleta de humilhações, ao ponto de por muito que nos doa a todos, termos de assumir que o Benfica deixou de ser o Maior clube Português em títulos. O Melhor já não era há bastantes anos, conseguimos deixar de ser o Maior, algo que é absolutamente impensável por quem sente e vibra com o Benfica desde que se conhece.
Por tudo isto queremos exigir uma mudança, queremos conhecer alternativas e queremos tornar possível que finalmente alguém seja capaz de dar a volta a esta fase muito negativa da vida do nosso grande amor, o Sport Lisboa e Benfica.
Queremos pedir aos responsáveis que assumam os seus erros e que saiam com dignidade, que promovam um clima de verdadeira democracia em que novas ideias e projectos possam ser apresentados aos sócios. Nós, sócios, não podemos ser meros clientes do clube com o único propósito de lá deixarmos com cadência regular o dinheiro das quotas, dos bilhetes, dos cativos ou do merchandising. O Benfica sempre foi e tem de continuar a ser uma família, de gente que não está unida pelo sangue mas está unida por algo ainda mais importante: os seus valores!
Recusamos por completo a destruição desses valores que tem sido feita nos últimos anos. Urge recuperar a nossa identidade!
Não podemos mais aceitar que o clube esteja a dar abrigo e a ser comandado por muitas pessoas cuja filiação emocional com o clube é no mínimo duvidosa. A suposta profissionalização da gestão, em que a cor clubística estranhamente parece ter deixado de interessar na altura de escolher gestores para o clube e para a SAD, trouxe-nos onde estamos. Perdidos na identidade, com dívidas sempre a crescerem, com sucesso desportivo pouco mais que efémero, sem continuidade. É isto que queremos para o Benfica? Não!
Queremos um Benfica em que o primeiro dos critérios de admissão seja o Benfiquismo. Se somos 6 milhões em Portugal, se temos mais de 200.000 sócios, é óbvio que temos massa crítica para encontrar excelentes gestores para as mais variadas funções. Desde a função presidencial, até à gestão financeira, à gestão da marca Benfica e à gestão do futebol. O Benfica é grande demais para precisar de muletas vindas de fora e cujas motivações são muito duvidosas.
O contínuo arruinar dos valores do clube foi recentemente muito mais longe. Foram aprovados recentemente estatutos novos para o Benfica, em assembleia-geral. Como praticamente todas dos últimos 10 anos, o pavilhão onde decorreu a assembleia-geral estava com pouca gente.
No rescaldo das eleições de 2009, blindaram o acesso a funções no Benfica a praticamente todos os sócios. De um requisito de cinco anos para se ser por exemplo presidente da direcção, passou-se para 25 anos. E com mais condições. 25 anos de sócio efectivo (contados a partir dos 18 anos) ininterruptos, ou seja, sem falhar qualquer pagamento de quotas e sem poder ter estado num único momento que fosse como sócio correspondente. O motivo para esta alteração foi prevenir a entrada de aventureiros no clube. Mas que palavreado é esse no contexto da massa associativa benfiquista? Aventureiros? Mas não seremos todos apenas e só sócios? E tanto a direcção como os sócios que aprovaram estas alterações não confiam nos Benfiquistas para eleger quem entenderem? Porque razão existe um filtro tão grande?
A maior democratização da vida do clube terá de ser uma prioridade. Além das exigências para aceder aos órgãos sociais, a participação dos Benfiquistas na vida do clube está muitíssimo diminuída. Poucas ou nenhumas respostas são dadas em Assembleias-Gerais, que na maioria das vezes mais não são do que odes à actual direcção tendo já existido a suprema humilhação de defender ideias propostas em Assembleia-Geral com o principal argumento ser a oposição a algo que o Futebol Clube do Porto tenha proposto ou feito. Mas desde quando precisamos de pensar nesse clube corrupto para pensarmos no Benfica que queremos?
É fundamental agilizar também o acesso dos benfiquistas a estas reuniões, regressando as reuniões à sexta-feira à noite, e altamente promovidas nos órgãos de comunicação social para chamar a presença dos sócios… o clube tem mesmo de ser dos sócios, não pode esta expressão ser um mero slogan de marketing!
Não se pode apregoar que o Benfica é dos sócios, e na madrugada seguinte a uma humilhação histórica em Braga a direcção do Benfica chamar ao estádio da Luz mais de 100 agentes da PSP, da polícia de intervenção, para impedir que os sócios possam chegar à fala com os jogadores. Isto aconteceu a 06 de Maio de 2011! Será que quem está no clube não sabe que o Benfica se fez de exigência? Será que têm medo dos Benfiquistas? Porque não descem dos camarotes e dos croquetes antes dos jogos para virem falar com a sua massa associativa? Porque ordenam à polícia que limite os direitos dos seus sócios?
Contem connosco, Benfiquistas fervorosos, para criar um espaço de discussão no clube, onde possam surgir as alternativas de que o clube precisa, onde se volte a instalar a exigência que sempre caracterizou o nosso clube. Onde volte a existir preocupação com o dia-a-dia do clube, onde os sócios voltem a ser chamados para fazer parte da família e não só para serem clientes. Se é inevitável pensar no futebol como um negócio, não é admissível ainda assim que se mercantilize para lá de todos os limites a relação entre clube e seus adeptos!
Ajudem-nos nesta missão, que não começou hoje nem terminará no dia 09 de Maio. Temos de voltar a preocupar-nos com o clube, a estar presente nos momentos em que o clube precisa de nós, nos momentos em que é preciso debater o futuro, aprovar projectos e ideias. Não podemos assistir impávidos e serenos a um trajecto de derrotas, de endividamento e a um arruinar dos valores do clube.
Se a direcção não sabe o que é o Benfica, então está na hora de dar o lugar a outros! E contem connosco para promover alternativas, debates e soluções.
M.B.B.
